Acho que não existe uma resposta única para essa pergunta. É o clássico “cada caso é um caso”. Mas existem algumas situações padrão bem comuns, como comodismo, medo da mudança, receio do julgamento dos outros e medo de ficar só. Não é fácil deixar uma situação à qual estamos acostumados, mesmo que ela seja ruim. E, às vezes, só percebemos o quão ruim era depois que saímos dela. Também é inerente ao ser humano o desconforto com mudanças, com caminhos ainda desconhecidos - apesar de, em geral, depois eles se mostrarem mais vantajosos. E por mais que a gente diga que está se lixando para o que acham da gente, no fundo é muito difícil ouvir críticas. Para todo mundo.Por fim, o que a maioria das pessoas diz –ou pelo menos pensa– antes de considerar uma separação é: será que eu vou encontrar alguém que me ame? Será que vou ser capaz de amar de novo? Será que vou conseguir, novamente, me adaptar a uma pessoa a ponto de querer morar junto com ela? É o tal medo de ficar só.
Mas ficar casado (ou morar junto, hoje em dia é tudo a mesma coisa) também não é fácil. É um exercício diário de paciência, tolerância, respeito. Por mais que a gente ame uma pessoa, às vezes há algo nela que nos irrita a ponto de nos fazer esquecer porque, em princípio, resolvemos nos juntar a ela. É o desgaste da convivência diária, é o famoso “intimidade é uma m...”. Mas isso nem sempre tem de acabar em separação. E, menos ainda, que o amor acabou.
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