quinta-feira, 25 de março de 2010

O cara terminou comigo, voltou, terminou de novo e agora me procura de vez em quando. Me explica?

Já disse isso uma vez e vou dizer de novo: homens habitam uma realidade paralela e perpendicular. Ao mesmo tempo. Temos duas cabeças. Uma que você vê. E outra que você vê também, mas só de vez em quando. Essas cabeças vivem em desacordo quase total. Uma é sonhadora. A outra, realista. Uma nos força a sempre espremer das memórias amorosas a vontade de um capítulo final, de uma noite a mais. A outra já tá de olho na próxima novela.

As duas só concordam em uma coisa: elas gostam de transa e beijoca. E aí, minha Fófis, aí é batata e é frita: vamos procurar a Ex porque se não sabemos dizer adeus, sabemos que você está frágil e que era bom nós dois, assim, numa cama. 200068586-001 Homens são confusos

Entenda uma coisa: para um rapaz pedir as contas do relacionamento, ele passou por uma enorme estrada. Cheia de curvas, que ele não é besta. Chutou pedras, pesou prós e contras, pensou no que ia abrir mão (sexo garantido e um alívio para a solidão solteira da sexta-feira à noite), e ficou confuso. Homens são confusos. Homens são ruins de decisão. Vai por mim, minha Juíza Final.

Mas, um dia, meio assim no impulso, ele decide. E termina com você. Ah, minha pequena Tempestade de Prazer. Um Ex-Man é um mutante, como aqueles de filme e gibi. É um Wolverine sensível, que adora arranhar carninhas com as garras, que grita pra lua pra mostrar que é macho. No fim, é só um bichano peludo e com um inverno no coração.

Mas a nossa vontade de transar é feita de adamantium.

E assim, quando passar uns dias, umas semanas, e ele perceber que a vida de solteiro é guerra, é vale-tudo, é mata leão, soco na cara e chute no queixo, ele vai sentir a saudade essencial. A cabeça de cima e a de baixo entrarão em mais um raro acordo e piscarão o néon do “liga pra ela, liga pra ela”.

Não, nem tudo é sexo. Eu sei que não. O buraco é sempre mais embaixo. Mas tou falando aqui de regras gerais. E uma delas é que a gente percebe que vocês ficam frágeis nessa situação. Pensa bem: eu sei que quase sempre você nem gosta mais dessa anta que te fez e faz de gata e Manolo Blahnik.

Mas eu sei lá também o que acontece dentro dessa cabecinha cheia de cabelos. Eu acho que as meninas ficam tontas, abertas, saudosas de algo que não existe mais dentro do coraçãozinho espremido. Mas isso é outra conversa. Voltemos ao boteco…Homens são confusos

Entenda uma coisa: para um rapaz pedir as contas do relacionamento, ele passou por uma enorme estrada. Cheia de curvas, que ele não é besta. Chutou pedras, pesou prós e contras, pensou no que ia abrir mão (sexo garantido e um alívio para a solidão solteira da sexta-feira à noite), e ficou confuso. Homens são confusos. Homens são ruins de decisão. Vai por mim, minha Juíza Final.

Mas, um dia, meio assim no impulso, ele decide. E termina com você. Ah, minha pequena Tempestade de Prazer. Um Ex-Man é um mutante, como aqueles de filme e gibi. É um Wolverine sensível, que adora arranhar carninhas com as garras, que grita pra lua pra mostrar que é macho. No fim, é só um bichano peludo e com um inverno no coração.

Mas a nossa vontade de transar é feita de adamantium.

E assim, quando passar uns dias, umas semanas, e ele perceber que a vida de solteiro é guerra, é vale-tudo, é mata leão, soco na cara e chute no queixo, ele vai sentir a saudade essencial. A cabeça de cima e a de baixo entrarão em mais um raro acordo e piscarão o néon do “liga pra ela, liga pra ela”.

Não, nem tudo é sexo. Eu sei que não. O buraco é sempre mais embaixo. Mas tou falando aqui de regras gerais. E uma delas é que a gente percebe que vocês ficam frágeis nessa situação. Pensa bem: eu sei que quase sempre você nem gosta mais dessa anta que te fez e faz de gata e Manolo Blahnik.

Mas eu sei lá também o que acontece dentro dessa cabecinha cheia de cabelos. Eu acho que as meninas ficam tontas, abertas, saudosas de algo que não existe mais dentro do coraçãozinho espremido. Mas isso é outra conversa. Voltemos ao boteco…

O fator sexta-feira à noite

A gente, você e eu, se acostumou a beber essa groselha de que a vida de solteiro é farra. E que é uma sabonetada de beijocas toda noite, toda saída. E um mar de sexo na cama a cada conta paga no boteco. Não é.

As boates só estão lotadas porque (tirando as três gatas pintadas que realmente estão lá para dançar e sei lá o quê) a moçada toda está ali com a carabina sentimental e astral babando por atenção. A sexta-feira à noite é o pires do ceguinho pedinte: todo mundo ali, esmolando pela chance de amar. Ah, que beleza… E todos rindo, claro, que homem não chora e lágrima borra o rímel.

Três semanas de vida de solteiro faz do homem um cordeirinho querendo mamar de volta na doce vida do namoro. E daí, ele te liga.

Um copinho assim de cólera

Mas, de volta aos teus braços, passado o coito, o carinho suado e nu, todo aquele resto azedo que fez com que vocês dois entortassem os trilhos, afastassem as retas paralelas do amor, aquilo tudo volta com força.

Ele percebe a fria em que vai cair de novo. E volta a sonhar com a sexta-feira à noite. Homens esquecem. E pronto. Aprenda isso. Corremos alegres pra longe de você, rumo à barca do inferno, à casa noturna do fim de semana. É ciclo, minha Uróbosinha. A cobra mordendo o próprio rabo, aquela poesia misteriosa e egípcia.

Por que a jura de amor masculina vale só por um bifinho?

Certa vez houve um zumbi de filme. E o zumbi de filme, vendo um casal apaixonado, disse, enrolando a gaze-cabelinho: “Ah, a dor de estar vivo”. É, minha Nuvem de Lágrima, nós somos dureza. Pura complicação.

Perceba: às vezes os homens parecem um mistério. Juram amor, depois dizem que têm uma viagem urgente para a Patagônia, voltam fazendo serenata na janela da tua casa, e voltam a sumir com a cara mais deslavada do mundo. Sim, o meninão é um mistério… mas é um daqueles mistérios vagabundos, de araque, tipo Scooby-Doo. Sempre tem um pateta vestido de monstro no final. E o pateta é o teu Ex.

Repara: o final de um relacionamento, quando é ditado por um homem, é quase sempre igual. Nós geralmente vamos procurar você. Geralmente querendo sexo, por baixo de uma máscara de “vamos dar mais uma chance” ou de “ainda estou confuso”. Scooby-Doo sou eu.

Três tipos de mulher
É bom, antes de tudo, que você caia na real: ele te procura porque você despertou o grito do macaco. Já disse trezentas vezes antes e repetirei da 301a: ele está atrás de sexo fácil, um rendez-vous maneiro. Como ele é um pilantra, depois de te conquistar, vai fazer um social, te levar para assistir “Titanic”, pagar um algodão-doce no parquinho e… vai sumir. O sumiço tem motivo: ele já teve o que quis e estará, agora, atrás de outro rabo-de-saia. Se der certo com a próxima vítima, o moção vai sumir por um bom tempo.

Quando der errado com a Outra, e ele sentir vontade de transar, vai te procurar de novo. Se você cair no erro de aceitá-lo, vira aquela festa em que o gordinho meteu o dedo com meleca no seu bolo. Ele vai lamber de todo jeito. Você vai chorar.

Não seja um porto seguro, aquele cais em que ele volta depois da gandaia.

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